O cinema surgiu em 1895, quando Auguste e Louis Lumière realizaram a primeira exibição cinematográfica para o público. Para muitos pesquisadores, esse momento deu origem a história do cinema.
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De origem grega, o termo “cinema” refere-se à arte produzida a partir da projeção rápida e sucessiva de fotogramas, transmitindo uma ideia de movimento. Ele também é conhecido como a sétima arte.
Essas obras cinematográficas são denominadas de filmes e são resultado da criação de diferentes técnicas de gravação de diversas imagens em sequência, incluindo animações e alguns efeitos visuais mais específicos.
Não muito tempo depois da primeira exibição ao público do filme dos irmãos Lumière, o cinema chegou em Portugal – tinham-se passado apenas seis meses até então.
A primeira cidade portuguesa a receber o cinema foi Lisboa, a capital do país. O início da história da criação das obras cinematográficas portuguesas foi marcado por curtas-metragens, isto é, filmes de pequena duração, de um comerciante e fotógrafo amador, Aurélio Paz dos Reis.
A Saída do Pessoal Operário da Fábrica Confiança foi uma réplica criada por Aurélio dos Reis, em 1896, do filme La Sortie de I’usine Lumière à Lyon dos irmãos franceses – é considerado o primeiro filme e o primeiro documentário na história do cinema.
Aurélio dos Reis organizou alguns espetáculos, na tentativa de explorar o seu cinematógrafo. No entanto, não obteve os resultados que esperava. Assim, foi ao Brasil na busca pelo seu sucesso. A apresentação aconteceria no Teatro Lucinda, no Rio de Janeiro, em 15 de janeiro de 1897. Depois de capturar algumas cenas na Avenida Rio Branco, o fotógrafo amador retorna desiludido. Essas foram as primeiras imagens animadas que foram filmadas no território brasileiro.
Em 1907, surge o primeiro gênero cinematográfico em Portugal: a ficção. Esse termo é utilizado para se referir a narrativas imaginárias e irreais. Essa categoria já havia sido criada na França, 11 anos antes, pelo ilusionista e cineasta Georges Méliès.
O curta-metragem mudo O Rapto de uma Actriz, filmado pelo produtor, técnico e realizador de cinema português João Freire Correia, marcou o início dos filmes de ficção em Portugal. Assim, cria-se o primeiro Ciclo de Lisboa.
Mais tarde, em 1912, a Invicta Film ganha visibilidade, tornando-se a principal produtora portuguesa de filmes – até a chegada do filme sonoro. Além disso, ela estabeleceu uma relação entre Porto, onde foi fundada, e a capital de Portugal.
Na década de 20, com o surgimento da indústria, a produção cinematográfica de Portugal passa a se dedicar, principalmente, a transição dos clássicos literários nacionais para a tela. A seguir, confira algumas das obras criadas durante esse período:
Na década de 30, os primeiros filmes sonoros começam a surgir. O primeiro a ser criado foi A Severa, em 1931, por José Júlio Marques Leitão de Barros. Assim, deu-se origem ao cinema sonoro.
A década de 40 foi marcada por docuficção, onde o gênero do filme está situado entre o documentário e a ficção.
Nos anos 50, houve um período de estagnação devido a certas roturas. Uma mudança aconteceu no mundo do cinema português e agora os filmes começaram a assumir um caráter neorrealista.
Em 1955, a Rádio Televisão Portuguesa (RTP) foi criada. Ela foi muito importante para a divulgação das obras cinematográficas.
Entre meados de 1960 e o início de 1970, diversas inovações deram origem ao Novo Cinema. Agora, máquinas de 16mm realizavam as gravações dos filmes, além de permitir que os sons e as imagens ficassem sincronizados. A revolução cinematográfica reduziu os gastos na produção das obras e forneceram uma maior agilidade durante as filmagens.
Os anos de ouro, marcados pela década de 80, foi um período de novidade e grande volume de produções, além de uma ampla variedade de temas a serem abordados.
A partir de 1990, monólogos e diálogos declamados começaram a se destacar - iniciados por Manoel de Oliveira. Esse período também foi marcado por uma nova geração de cineastas.
Com a chegada do século 21, novas tendências começaram a surgir. Em 2005, por exemplo, os filmes comerciais foram criados. Seu público-alvo era as audiências habituais das telenovelas. Além disso, a mistura de gêneros e linguagens, assim como vídeo e televisão, tomaram conta do cinema português.
Cada momento na história do cinema de Portugal foi essencial para chegarmos no modelo que conhecemos hoje em dia.
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